Cresce a violência contra LGBTQIAPN+ no Brasil; Salvador lidera como capital mais perigosa

O número de mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil aumentou 13,2% em 2024, com 291 vítimas registradas, de acordo com o Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB). O levantamento, que considera homicídios, suicídios e outras causas, aponta um crescimento de 34 casos em comparação ao ano anterior.
São Paulo, Bahia e Mato Grosso são os estados com os maiores índices de violência, com Salvador liderando como a capital mais perigosa para a comunidade, seguida por São Paulo e Belo Horizonte.
Entre as vítimas, a maioria era composta por gays (165), travestis e mulheres trans (96), com destaque para os profissionais do sexo entre as travestis. A faixa etária mais atingida é de 26 a 35 anos.
A Bahia, com 31 casos, é a segunda no ranking de estados mais violentos, representando 10,65% do total de mortes no país.
Na Bahia, casos de violência, seguem chocando a comunidade. No final do ano passado, a mulher trans Neuritânia Pacheco, de 48 anos, foi encontrada morta em Sobradinho, no norte da Bahia, após desaparecer enquanto se dirigia para um encontro amoroso. Seu corpo, localizado posteriormente, apresentava sinais de apedrejamento, o que indicaria a violência brutal do crime. A motivação do assassinato ainda está sendo investigada, com a Polícia Civil trabalhando na apuração do caso, e um adolescente de 17 anos foi apreendido como suspeito de envolvimento no homicídio, que, segundo as autoridades, teria sido motivado por vingança.
As autoridades ainda não forneceram dados específicos sobre as mortes de pessoas LGBTQIAPN+ na Bahia e no Brasil.